E se amanhã já não estivermos cá?

A vida é agora… O que é que estás à espera para viver?

A vida é um sopro.
Sabemos disso. Sentimos isso. Basta um momento — uma notícia inesperada, uma perda, um instante de silêncio — para nos lembrarmos de que nada é garantido.

E, mesmo assim, adiamos.
Adiamos conversas importantes.
Adiamos decisões que já moram em nós há demasiado tempo.
Adiamos cuidar de nós, fazer aquela mudança, pôr um ponto final, arriscar um começo.

“Não é o momento certo”, dizemos.
Mas quando é que será?
Quando tudo estiver calmo? Quando não houver medo? Quando o mundo der sinal verde?

A verdade é que o “momento certo” raramente vem vestido de certeza.
Ele vem, muitas vezes, disfarçado de desconforto, de inquietação, de vontade de fazer diferente.
E é aí que reside a oportunidade.

Se há algo dentro de si que pede atenção, escuta.
Se há algo que lhe pesa, que se arrasta, que espera “resolver um dia”... talvez esse dia deva ser hoje.

O que é que já não quer continuar a adiar?
Pode ser um passo pequeno — pedir ajuda, iniciar terapia, dizer que não, escolher-se pela primeira vez.
O mais importante não é o tamanho da mudança. É a decisão de não continuar a adiar quem é.

A vida é agora.
Mesmo com medo. Mesmo sem garantias.
Mesmo sem certezas — mas com vontade.