Parece Psicologia…Mas não é!

Nem tudo o que parece é…

Nem tudo o que parece, é — sobretudo quando se fala de psicologia!

Vivemos num tempo em que se fala (felizmente) cada vez mais sobre saúde mental. A informação circula com facilidade, as redes sociais aproximam-nos de muitos profissionais… Mas nem tudo o que parece ser psicologia, é realmente psicologia.

Há práticas que se mostram acolhedoras, humanas, até aparentemente transformadoras, mas que não seguem os princípios éticos e científicos da psicologia. E isso importa. Importa muito.

Psicologia não é amizade.
Não é dar conselhos prontos, nem manter contacto constante com o paciente fora das sessões, sem que haja uma razão clínica para isso.
Não é dizer o que o outro quer ouvir, nem criar uma relação de dependência emocional.

Psicologia é ciência.
É escuta ativa, empática, mas ética.
É um espaço seguro, sim, mas também estruturado. Onde há limites claros, metodologia, e acima de tudo, respeito pelo outro enquanto ser único e complexo.

Sabemos que, às vezes, a fronteira entre “cuidar” e “confundir” pode ser ténue.
Um gesto simpático, uma conversa informal ou uma abordagem demasiado próxima podem parecer carinho, mas podem também esconder a falta de preparação ou mesmo a ausência de ética.

Por isso é tão importante saber:
Psicologia não é uma “forma” de falar bonito, nem um dom de ouvir bem.
É uma profissão séria, que exige formação, supervisão, estudo contínuo e responsabilidade. Porque quando alguém procura ajuda psicológica, fá-lo num momento de vulnerabilidade e isso deve ser tratado com o maior cuidado possível.

Se está a pensar iniciar um processo terapêutico, ou já o começou, lembre-se:
Pergunte pela formação, entenda o tipo de abordagem, sinta se há um espaço de confiança e, sobretudo, perceba se há ética na relação.

Cuidar da sua saúde mental é essencial e, deve ser feito com quem tem as ferramentas certas para o acompanhar, com verdade e profissionalismo.

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