A Solidão não é só estar sozinho
Quando a ausência não está no exterior, mas dentro de nós.
A solidão é muitas vezes confundida com estar fisicamente sozinho.
Mas a verdade é que podemos estar no meio da multidão, rodeados de vozes, conversas e risos… e ainda assim sentir um silêncio ensurdecedor por dentro.
A solidão não se mede pelo número de pessoas à nossa volta, mas pela qualidade e profundidade das ligações que vivemos.
-É possível partilhar uma mesa e sentir-se ausente.
-É possível conversar e não se sentir escutado.
-É possível sorrir em fotografias enquanto, por dentro, tudo parece despedaçado.
A verdadeira solidão nasce quando falta conexão.
Conexão com os outros, sim — mas também conexão connosco próprios.
Há silêncios que evitamos porque temos medo do que vamos encontrar.
E, muitas vezes, procuramos refúgio no barulho exterior para não enfrentar aquilo que o nosso interior tenta mostrar.
Mas a solidão tem também outra face: a face que ensina.
Pode ser um espaço de reencontro, de pausa, de autodescoberta.
Quando aprendemos a estar connosco, a solidão deixa de ser um peso e começa a transformar-se em companhia — uma companhia que nos devolve clareza, calma e verdade.
Solidão não é estar sem pessoas.
-É estar sem vínculos.
-É estar sem a presença dos outros e de nós mesmos.
E o caminho para curá-la começa no encontro mais importante de todos: o encontro consigo.