Por fora bonito, por dentro… nem sempre

A aparência pode enganar!

O bem-estar emocional não.

Vivemos numa cultura que exalta aquilo que é visível: o sorriso seguro, o “está tudo bem” automático, a pose perfeita numa fotografia.
Mas por trás de muitos rostos tranquilos existem histórias silenciosas — noites mal dormidas, medos guardados, exaustão emocional que ninguém vê.

Há dias em que a imagem parece alinhada, mas o interior pede pausa.
E não porque queremos enganar os outros, mas porque aquela máscara de normalidade muitas vezes é a forma que encontramos para continuar.
Mostrar vulnerabilidade pode assustar. A possibilidade de sermos julgados, incompreendidos ou vistos como “fracos” pesa mais do que a necessidade de sermos honestos.

O problema é que nos habituámos a esconder a dor.
Engolimos lágrimas, disfarçamos ansiedade, colocamos força onde só existe cansaço.
Mas o verdadeiro autocuidado começa no oposto: na coragem de admitir o que está difícil, no respeito por aquilo que sentimos e na capacidade de pedir ajuda quando já não cabe tudo cá dentro.

Cuidar do que se vê é fácil.
O desafio maior está dentro — nas feridas que ainda não sararam, nos pensamentos que não dão trégua, nas emoções que pedem espaço para respirar.
A paz exterior só começa a surgir quando damos atenção ao turbilhão interno.

Por fora mostramos o que julgamos ser esperado.
Por dentro vivemos a nossa verdade emocional — aquela que raramente é visível, mas que determina o nosso bem-estar.
E quando começamos a cuidar desse “por dentro”, o “por fora” deixa de ser aparência e começa a ser autenticidade.

Não é preciso estar bem todos os dias para ser forte.
A força revela-se também na vulnerabilidade, no reconhecimento do que dói, no gesto humilde de procurar apoio. Porque “estar bem por dentro” não é perfeição — é libertação.

A aparência pode ser bonita. A autenticidade é que cura.

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No silêncio da mesa, há histórias que continuam vivas